domingo, 29 de abril de 2018

Passedoble perpetua a memória do grande aficionado e periodista Ribatejano Sérgio Perilhão.


O compositor António Maria Catalão Labreca, autor de alguns dos mais sonantes pasodobles, compôs uma peça que vai perpetuar a memória de um dos homens que fica na História do Ribatejo- Sérgio Nunes Perilhão. O músico, natural de Alcochete, era amigo e admirador de Sérgio Perilhão. “Não podia ficar indiferente a um pedido destes. Fiz esta obra com muito gosto e espero que o público aprecie”, revela o compositor.  O pasodoble com o nome do homenageado será apresentado no Encontro de Bandas Taurinas no dia 1 de Maio, no Centro Cultural de Samora Correia. A interpretação está confiada à Banda da Sociedade Filarmónica União Samorense (SFUS) dirigida pelo Maestro Nuno Carvalho que vai ter um mano-a-mano com a Banda da Sociedade de Instrução Coruchense, de Coruche. O regente da banda da SFUS é músico profissional e integra o nipe de bombardinos na Banda Sinfónica da GNR ao lado do amigo António Labreca. Nuno Carvalho confessa o entusiasmo neste projecto. "Todos nós temos consideração pelo homenageado. Foi fácil motivar os músicos e esperamos que saia muito bem", revela o maestro que promete integrar o pasodoble no repertório de Verão da banda. Sérgio Perilhão faleceu a 12 de janeiro de 2015 e desde logo surgiu a ideia de homenagear o gestor que conhecia a maioria dos campinos, ganaderos, cavaleiros, bandarilheiros, toureiros e forcados pelo nome. O malogrado, era filho de campino e viveu intensamente a cultura tauromáquica popular. Era presença regular nas festas tradicionais do Ribatejo e nas corridas de touros. António Relvado, investigador das tradições ribatejanas ligadas à festa brava e amigo pessoal de Sérgio Perilhão foi um dos mentores do projeto. “É uma justa homenagem a um homem que tanto fez por Samora Correia, pelo Ribatejo e pelas mais genuínas tradições desta região. Sérgio Perilhão foi um verdadeiro embaixador e promotor do Ribatejo e da Festa Brava”, adianta António Relvado. Sérgio Perilhão foi crítico taurino em vários jornais e na Revista Novo Burladero e fica para a história como um dos mais dedicados associativistas de Samora Correia, tendo liderado várias colectividades e comissões de festas. Esteve na origem da Rádio Iris onde realizou um dos programas de maior audiência - “Ribatejo” - dedicado à Festa Brava, uma das paixões de Sérgio Perilhão. A sua última obra foi a recuperação da fachada da Igreja Matriz de Samora Correia onde comandou a equipa de voluntários com um projeto de mais de 1,5 milhões de euros. Depois da apresentação pública, a peça será confiada à banda da SFUS fica disponível para mediante autorização do autor poder ser interpretada pelas bandas taurinas e divulgada nas festas ribatejanas. As imagens e grafismo do CD foram oferecidas pelos aficionados Manuel Pereira e Joaquim Júlio Correia.