domingo, 6 de agosto de 2017

Redondo: praça cheia e prémio "Simão da Veiga" á melhor lide para Marcos Bastinhas.


È bom ir ver uma corrida de toiros e encontrar uma praça cheia. Tem outro ambiente, outra "solera". E quando o cartel é diferente, formado por jovens que são valores incontestáveis e procuram o seu espaço, que um dia deverá ser o das figuras do toureio de hoje, á partida a  competição está garantida. Assim aconteceu no Coliseu do Redondo na passada sexta-feira, 4 de Agosto, o que prova que os mais jovens, na data certa, têm força para atrair o publico e encher a praça. O curro de "Varela Crujo" bem apresentado desta feita no capitulo da bravura, saindo sobre o manso, investidas curtas e a pararem-se, sendo o melhor o lidado em segundo lugar, com alguma nobreza e péssimo o quinto da noite a adiantar-se e a esperar pela montada de Telles jr. Marcos Bastinhas foi o cavaleiro que em ambas as lides melhor desempenho teve, daí assentar-lhe com toda a justiça o prémio para a melhor lide. O valor de Bastinhas posto nas duas lides empolgou o publico e isso ficou bem patente ao receber o toiro á porta dos curros para depois como é seu timbre apontar dois compridos citados de largo e a dar a vantagem da investida ao hastado, Nos curtos esteve lidador dobrando-se com o toiro por ambos os pitons, colocando-o nos terrenos correctos, cravando depois com aprumo. Encerrou com um bom par de bandarilhas. João Telles jr lidou o segundo da noite, entendeu-o bem e sacou-lhe todo o partido necessário para uma lide que resultou e foi do agrado do publico. Houve ligação na lide rubricada, bonitos recortes e dois curtos de categoria. Frente ao quinto da noite, um oponente complicado e que certamente não foi do agrado do ganadero nem dos aficionados, apesar do empenho e insistência em demasia do cavaleiro em prolongar uma lide, que acabou por acarretar algum que outro toque no cavalo e passagens em falso evitáveis, o publico entendeu a entrega do toureiro e a falta de qualidade do hastado batendo-lhe as palmas.O lote de Duarte Pinto também não deu facilidades ao toureiro já que patentearam pouca vontade em investirem, nunca se entregando ou abrindo para a lide. Pinto esteve bem a lidar e com o seu toureio mais clássico, elegeu com acerto os terrenos, mas pecou por abrir em demasia os quarteios por vezes, no entanto teve alguns ferros de boa nota, sendo a frente ao segundo do seu lote e ultimo da noite, a mais conseguida e aplaudida pelo publico. No capitulo das pegas três Grupos de Forcados Amadores: Portalegre, Monforte e Redondo. Pela primeira formação pegaram André Peres e António Cary à primeira tentativa. Pelos de Monforte Vítor Carreira e João Pereira à segunda - a pega da noite para mim. Hugo Figueira e Luís Messias, o qual conquistou o prémio em disputa,(pega vistosa com o Grupo a fechar muito bem), os dois à primeira. Quanto aos troféus atribuídos pelo júri, foram acertados e justos, apesar de haver sempre algumas opiniões diferentes. Mas no Redondo o Júri esteve correcto ao atribuir ao cavaleiro Marcos Bastinhas o prémio á melhor lide(a segunda) e ao forcado Luís Messias dos Amadores do Redondo a melhor pega(ao sexto toiro). Dirigiu com acerto Marco Gomes. Tenho escrito!
                                                                                                             Zé Ducão




                                                                                                   Fotos D.R.