São muitos os rumores sobre os cartéis que estão a ser "confeccionados" para 2017. Após vislumbrarem-se já algumas apostas das empresas, como o anuncio do matador de toiros espanhol Juan José Paddilla na abertura da temporada do Campo Pequeno e após também o empresário Rafael Vilhais ter dado como praticamente fechado o cartel da "Ovibeja", os rejoneadores Pablo Hermozo e Ventura aprestam-se de novo a ser as "grandes estrelas" do universo taurino tuga, apesar de toda uma geração de jovens cavaleiros de créditos firmados, dispostos a lidarem toiros de todas as ganadarias não vetando encastes e prontos a defrontá-los artisticamente em qualquer praça. Não o que vem de fora é melhor. Não bastava já na passada época termos "enfeirado" com Manuel Manzanares, Lea Vicens e até um artisticamente vulgar Andy Cartagena, vamos ter no próximo ano ao como tudo indica, também a rejoneadora mexicana Mónica Serrano (e se calhar, outros até que a nossa imaginação não alcança). Mas quando chegarem vêm muito bem "embrulhadinhos" e carregados de atributos e triunfos, assim os apoderados sejam criativos a apresentarem o produto ao publico. Não quero acreditar que vamos continuar a tirar corridas aos nossos artistas em detrimento do "low cost e belas combinações. Espero que o pai natal traga no saquinho a chave para o equilíbrio qualitativo e competitivo dos cartazes para a próxima temporada. Se por exemplo, a gestão artística da primeira praça do País, soube cuidar e com êxito despertar o interesse pelo toureio a pé há muito em hibernação, esperemos que o saiba também fazer para o toureio a cavalo. Certamente não será fácil ultrapassar costumes e interesses mas... com um bocadinho de boa vontade tudo se consegue em beneficio da tauromaquia mas acima de tudo do publico - pagante claro. Bem está na hora de jantar e o apetite torna-nos refilões.
Luís Santos
