Foto D.R. |
Mais ou menos meia casa em presenças registou a monumental de Almeirim no passado domingo. João Salgueiro da Costa nesta tarde da sua alternativa, apadrinhada por seu pai e e com o testemunho dos cavaleiros António Telles, João Telles Jr. e o primo António Lopes Aleixo, vi-a consumar-se o seu sonho de um dia ser cavaleiro de alternativa, dando continuidade á tradição da família. Lidaram-se oito toiros da ganadaria Murteira Grave, apesar de à arena terem saído nove, sendo que o lidado em terceiro lugar, saiu diminuído sendo devolvido aos currais. A corrida foi desigual de apresentação mas cumpriu. João Salgueiro da Costa frente ao 'murteira' nº 27, de nome “Pataco”, não surpreendeu. Salgueiro da Costa destacou-se em três ferros compridos, e dois curtos com o toiro a arrancar-se de largo, com raça e a encurtar caminho. No segundo do seu lote, (último da corrida), não houve história, estando como se diz em gíria taurina "certinho", apesar de ter consentido alguns toques na montada. Também João Salgueiro na sua 2º corrida esta temporada, esteve insipido face aquela genialidade de outros tempos. Por sua vez António Telles em Almeirim teve bonitos pormenores na brega, mas foi inconstante dentro daquilo que é a sua bitola de bom toureio. No entanto houve bons curtos no seu primeiro. João Telles Jr. teve duas actuações distintas mas que agradaram ao publico e no balanço do espectáculo, foi o cavaleiro que se salientou, podendo-se afirmar mesmo que foi o triunfador da corrida - uma corrida de expectativa mas que acabou por ser "morna". Já no tocante aos Grupos Forcados a história foi bem diferente. Pelos Amadores de Santarém pegou o futuro cabo, João Grave, com uma grande pega fechando-se à córnea e consumando à primeira tentativa; Lourenço Ribeiro pegou à segunda. Luís Sepúlveda fechou-se à terceira com ajudas carregadas. Quanto ao Grupo de Montemor, João Romão fechando-se à barbela pegou à primeira. Manuel Dentinho pegou à segunda. João Câmara por sua vez consumou a sua pega ao primeiro intento. Dirigiu o espectáculo sem história Pedro Reinhardt.
José Luis Mourato